
Eu juro.
Não era igual só fisicamente. Digamos que eu acreditei, seriamente, que era um clone mais velho dele que estava na minha frente. Me deixe explicar. O cara era igual tanto fisicamente, como na personalidade. Ele chegou no balcão, todo pretensioso e arrogante, dizendo que nós deveríamos refazer um serviço [se é que realmente havíamos feito tal serviço] senão ele iria nos processar e etcéteras. O típico cara que acha que o universo inteiro conspira contra ele, que a vida é uma grande pegadinha do Gugu e que as pessoas acordam pela manhã e dizem: hoje é dia de irritar o fulano.
Foi ele entrar por aquela linda porta de vidro que eu me arrepiei de cima abaixo.
Foi ele abrir a boca que eu apertei a caneta com a maior força que eu tinha.
De nojo.
Eu estava ali, educada, trabalhando e atendendo a todos com a maior boa vontade. Quando o assunto é trabalho, eu raramente tenho preguiça ou má vontade. Não tratei ele mal, de forma alguma. Fui completamente paciente com ele, expliquei passo a passo o que estava escrito na garantia que ele devia ter lido, mas mesmo assim, ele continuava duvidando. Ora, vejam só, mais uma coincidência. Foi então que chamei o moço que fez o bendito serviço, pois eu explicaria uma vez só, já que era tão simples e direto e, não havia mais o que dizer. O moço explicou TUDO DETALHADAMENTE. Ele baixou o tom de voz pro moço, mas ainda queria que fosse testado tal equipamento na frente dele, pra ele ter certeza. Com mais boa vontade que eu, ele fez muitos testes e observações na frente dele. Explicou tudo, pela segunda vez, terceira, aliás, pois eu já tinha explicado pra ele, mas ele ainda duvidava.
O fato é que ele foi embora com a bolinha bem baixa. O ego lá no chão. Aquela pretensão toda que ele tinha quando entrou pela porta, algo como "eu vou lá pra fazer eles me ouvirem e blá blá blá" foi toda pro ralo. E eu ri. Ri tanto. Mas tanto. Que estou rindo até agora. Como é possível eu ter comparado um simples cliente que eu havia tido contato há meia hora, com alguém que eu acredito [ou pelo menos julgo] ter conhecido bem?
Acho que estou trabalhando demais.
4 comentários.:
Realmente... coisas da vida.
A gente pensa que a história acabou, que nada de mais bizarro pode acontecer e záz, vem a Dona Vida e apronta essas drogas com a gente... ¬¬
ACHO Q DEVE TER SIDO AS LEMBRANÇAS
Pois é!
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