Adquiri o hábito de parar de reclamar nos meus textos porque pensava que isso era covardia. Pensava eu que reclamar por meio de palavras bem colocadas seria incorreto, já que eu não estaria fazendo algo para realmente demonstrar minha indignação com o fato a ser reclamado. Mas me observei hesitante, encolhida, perguntando a mim mesma se deveria reclamar sobre tal assunto para tal pessoa; cheguei a me abnegar de expor minha própria opinião em nome do que pensariam ou poderiam sentir quando tais pessoas lessem meu texto.

Sabem o que aconteceu? Eu me tornei covarde. Mais covarde do que pensei que era, pois acabei criando um blog isolado, somente meu, para reclamar das coisas que não queria que me vissem reclamando. Me privei de dizer o que penso em nome do bem estar de pessoas que, pasmem, falam o que pensam sem pensar nas conseqüências. Só não me igualo a elas em fonte e alinhamento de parágrafo porque eu, Adriane Fernandes, cito nomes ou exponho links, enquanto elas se escondem ao dizer que leram por aí ou ouviram falar.

Francamente, ando revendo meus conceitos sobre muitas coisas; velhice, música, livros, televisão, amor, pessoas, trabalho, cigarros e felicidade. Idade não é tudo, a vida é dividida em fases, o que não quer dizer que todas as pessoas do planeta tenham suas mentalidades condicentes à idade atestada na carteira de identidade, mas corresponde proporcionalmente ao aumento de responsabilidade que temos. Observei o comportamento de tantas pessoas, que acabei aprendendo a observar o meu próprio. Observei olhando, julgando, analisando e guardando pra mim. Aposto uma palheta autografada por Dave Keuning que pessoas que julgam as atitudes de outras baseadas na idade que têm não olham pra si mesmas. Só o ato de julgar os outros vendo a sua experiência de vida já atesta egocentrismo, então como posso levar a sério uma pessoa que se enxerga como parâmetro para comparações?

Uma das coisas que estou aprendendo, graças a um novo ponto de vista adotado recentemente, é parar de me culpar. Não somos coitados jogados no mundo, somos pessoas e aprendemos (pelo menos deveríamos aprender) com nossos erros. Esse é um dos motivos que me faz voltar a escrever o que eu penso. Não que isso signifique uma ameaça para o mundo, mas eu sei que consigo mover algumas coisas quando escrevo, pois é a melhor forma que tenho de me expressar. Outra coisa que aprendi é ter nojo daquelas pessoas que usam papel higiênico da mesma forma que eu uso, mas agem como se fossem seres de outro mundo, que sabe-se lá quem lhes disse que a missão delas na Terra é dizer quem está isso ou aquilo, mas o fazem com maestria digna de consideração.

2 comentários.:

Rufus :| disse...

Greg começou a beber e a dreka começou a fumar. Putaria isso ae.

Drikaaa disse...

Ah tá que o Greg tá bebendo?

TEMOS QUE SAIR TODOS JUNTOS ETC

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